Espetáculos

Hipotermia

Espetáculo solo interpretado pelo ator Nazareno Pereira, que se lançou a este desafio em comemoração aos seus 30 anos de palco, comemorados em 2014.
Texto de Max Reinert e direção de Júlio Maurício, que destaca que “a peça coloca em cena um homem com seus conflitos, reflexões e lembranças diante do desalento da morte”.
Para Zilá Muniz, convidada para desenvolver o trabalho de corpo, “o corpo em Hipotermia é uma complexa rede de pulsões, intensidades e fluxos de energia”.Hedra Rockembach, ambientadora sonora, buscou uma ambiência para ordenar a desordem de pensamento. O cenário de Fernando Marés confinou o personagem em um pequeno espaço de dois metros quadrados, sugerindo prisão e frio. Domingos Quintiliano reforçou com o trabalho de luz a frieza e o confinamento no espaço.



O Olho Azul da Falecida


Inspirado no texto "Loot", de Joe Orton, que através da ironia e da crítica representa o comportamento da sociedade inglesa nos anos 60, o grupo fez um paralelo com o contexto social e político do Brasil de 2014. 
Com direção da paulista Neyde Veneziano, o riso, a ironia e o deboche presentes nessa montagem evidenciaram de forma crítica as relações corruptas impregnadas em todas as esferas da nossa sociedade. 
O cenário foi uma criação de José Dias, iluminação de Domingos Quintiliano e figurino de Luiz Fernando (LF).
O espetáculo foi apresentado em 2014 e 2015.



A Vida Como Ela É...


O espetáculo reúne cinco crônicas escritas por Nelson Rodrigues sobre paixões, traições, dramas e tragédias de vidas vividas intensamente. São flashes da vida real através do olhar melodramático do autor. 
Cada história explora uma técnica diferente, como o uso de máscaras, ator-narrador, jogo de sombras e silhuetas, formas animadas (o ator manipulado por outro ator, como se fosse um boneco) e quadros vivos.
Com direção de Luis Artur Nunes, um dos grandes especialistas na obra rodriguiana, estreou em junho de 2010 e manteve- se no repertório do grupo até 2016.
Para esta montagem o grupo contou com a participação do iluminador Luiz Carlos Nem, o figurinista Luiz Fernando Pereira (LF) e o cenógrafo Fernando Marés. José Ronaldo Faleiro na assistência de direção.
No elenco, Ana Paula Possapp, Berna Sant’Anna, Leon De Paula, Mariana Cândido, Nazareno Pereira, Sérgio P. Cândido, Valdir Silva, Andrea Padilha e Andrés Tissier.



O Pupilo quer ser Tutor


A peça é uma reflexão sobre o poder, escrita pelo polêmico dramaturgo austríaco Peter Handke. Para assinar a direção, o grupo convidou o diretor paulista Francisco Medeiros. Toda a ação se passa em uma paisagem desolada e com apenas dois personagens em cena – Nazareno Pereira (o tutor) e Leon de Paula (o pupilo). Nesse ambiente, adquirem papel de destaque a iluminação de Domingos Quintiliano, o cenário de Fernando Marés e a trilha sonora de Aline Meyer. 
A montagem estreou em junho de 2007 e permaneceu no repertório do grupo até 2010, depois de participar dos mais importantes festivais nacionais de teatro.




...E O Céu Uniu dois Corações


O melodrama circense escrito por Antenor Pimenta, em 1939, é composto por cinco atos e versa sobre o trágico destino do par amoroso Neli e Alberto, vítimas da ganância e da crueldade do vilão De La Torre. Este drama popular tornou-se o texto dramatúrgico mais representado no teatro brasileiro. 
Essa montagem do grupo, dirigida por Neyde Veneziano, estreou em 2005 e foi apresentada até 2007, com uma estética típica e ingênua.
O espetáculo provocava um pacto entre atores e plateia, entre risos e choros, entre sofisticação e breguice, lotando todos os teatros onde a peça era apresentada.



Rei Frouxo, Rei Posto!

Com o texto de Perito Monteiro mais uma vez o grupo apostou na estética do teatro popular. Inspirado na tradição da Idade Média, a montagem denunciava, apontava, ironizava e transformava em grotesco, ridículo e irônico os tristes fatos reais do dia a dia da política brasileira.
O espetáculo dirigido por Júlio Maurício podia ser levado às cidades que não possuíam uma sala adequada para apresentações, bastava um galpão, uma praça, um pavilhão ou uma rua.
A peça estreou em 2001 e permaneceu no repertório do grupo até 2004.


Livres e Iguais

Espetáculo de formas animadas inspirado na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Cenas do duro cotidiano das grandes cidades, com pessoas obrigadas a sobreviver do lixo. A disputa por um lugar para morar, a falta de trabalho etc, são permeadas por imagens de lirismo e poesia. Os bonecos de “Livres e Iguais” foram confeccionados com lixo industrial, principalmente de autopeças e ganharam vida através da manipulação dos cinco atores do espetáculo.
Com roteiro e direção de Júlio Maurício, Nazareno Pereira e Nini Beltrame, estreou em junho de 1999 e esteve no repertório do grupo até 2015, com mais de 700 apresentações em diversas cidades brasileiras. Em 2001 participou da Première Biennale Internationale des Arts de la Marionnette, em Paris/França. A montagem recebeu 13 prêmios em festivais nacionais e internacionais de teatro.




A Farsa do Advogado Pathelin


A peça é uma obra do gênero farsa, escrita em torno de 1460 e seu autor é desconhecido. A discussão sobre ética que o texto propõe continua atual nos dias de hoje. Esta comédia da astúcia - enganador e enganado - parece celebrar sem reservas o triunfo do dolo (erro intencional) e do embuste, da patifaria. Esse cinismo sem fraqueza provém de uma imoralidade que tanto pode ser do autor como da época que ele retrata. Qualquer semelhança com a época em que vivemos seria uma mera coincidência?

- O espetáculo, dirigido por Júlio Maurício, estreou em maio de 1996 e há 21 anos é apresentado, uma façanha no teatro brasileiro. Foram mais de 700 apresentações nos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Maranhão e Santa Catarina, onde a peça já foi encenada em mais de 90 cidades.



Paralelos


Espetáculo formado por cinco pequenos textos de Harold Pinter, escritos na década de 50, caracterizados por mascarar o absurdo como um desenvolvimento dramático naturalista.
A montagem evidenciava o absurdo de certas situações cotidianas vivenciadas por todos nós, conciliando o humor e o chocante, a superfície com a profundidade, os diálogos com as entrelinhas.
Com direção de Júlio Maurício, a peça estreou em 1994 e foi apresentada até 1996.





As Aventuras de Mestre Nasrudin


As 14 pequenas histórias de Nasrudin, personagem popular do Oriente Médio, adaptadas por Margarida Baird, são de uma riqueza infinda: podem provocar o (sor) riso, mas funcionam também como um espelho de nós mesmos.
A montagem de teatro de formas animadas (bonecos, sombras e máscaras) foi dirigida inicialmente por José Ronaldo Faleiro e depois por Valmor Nini Beltrame. 
Estreou em 1992 e permaneceu no repertório do grupo até 1994.


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